Faço um teste de Matemática! Escrevo ferozmente números E sinais e limites! Ó limites, vocês resultam-se E calculam-se e indeterminam-se Tão lindamente! E zeros e infinitos! E multiplicações e divisões! Que raiva das vossas Combinações e que amor às Vossas propriedades! Vocês existem porque vos existiram E eu existo para vos destrinçar a existência! Perfeições! Que rebentam a minha cabeça Como balas de canhões! As vossas variáveis Endoidecem-me e enlouquecem-me, E eu amo e adoro Ensandecer à vossa custa! Ó limites, resolvei-vos ante meus ais! O meu cérebro compõe-se de exponenciais E os meus nervos são feitos de funções! Ah! Sangro gráficos das feridas Abertas pelas afiadas simetrias! E dói e arde e é belo! (Ah… se este binómio discriminante Fosse maior do que zero e a raiz fosse possível! O ardor da tua impossibilidade não Me atormentaria e o meu cérebro Não queimaria tão violentamente!) E emerge à minha mente uma Esquizofrenia latente! E vejo desfilar, Dormente, Pitágoras, Gausses e ...