O Sinal foi entrevistar o professor João Santos , atual Presidente do Conselho Geral da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho.
Sinal – Sabemos que é professor de Inglês e de Alemão. Pode dizer-nos há quantos anos? E qual a razão da sua escolha profissional?
J. S.- Faz em setembro próximo 35 anos. Desde criança sempre foi o meu sonho. Quando entrei para a escola primária já sabia ler e escrever e ainda alguma coisa de aritmética. Por esse motivo a professora pedia que eu ensinasse os meninos que tinham mais dificuldades. Penso que isto explica essa tendência para a profissão docente.
Sinal – Se pudesse ter nascido noutra época histórica, qual escolheria? Porquê?
J. S.- Gostava de ter nascido logo após a segunda guerra mundial para poder ter vivido os anos 60 com maior intensidade. Além deste período, também gosto muito do século dezanove em tudo o que representa em relação aos valores, à mudança dos ideais, à arte em geral e em especial à literatura, esta sobretudo na viragem para o século vinte.
Sinal – Qual é o seu lugar predileto? Porquê?
J. S.- Tenho vários. Um deles é a minha cozinha rural, onde confeciono os meus petiscos tradicionais, e não só, onde recebo os meus amigos e a minha família. Gosto também de tudo o que é paisagem junto ao mar. No que se refere a cidades, amo o Rio de Janeiro, que considero a cidade mais bela do mundo (das que conheço, claro) e adoro Londres. Em Londres sinto que existe uma simbiose perfeita entre a tradição e a modernidade, o progresso. Também não posso deixar de referir Nova Iorque e Berlim.
Sinal – Que tipo de música escolheria para relaxar após um dia cansativo de aulas? Porquê?
J. S.- Gosto de vários tipos de música. Adoro fado e penso que escolheria a eterna Amália Rodrigues (uma das maiores divas do MUNDO) que nunca me canso de ouvir.
Sinal – Qual o filme que mais o marcou? Por que razão?
J. S.- Há vários, mas destaco o “Gone with the wind”, pela belíssima amostra dos efeitos da guerra civil Americana e ainda pelo final, quando a personagem principal diz “Tomorrow will be another day”, por ser um pensamento ao qual recorro frequentemente. Destaco ainda o “Dead poets’ society”, pela excelente demonstração do que é ser-se professor e pela forma como é abordada a literatura e as outras formas de arte.
Sinal – E no que se refere à literatura, tem alguma obra preferida? Qual?
J. S.- Tenho muitas, mas destaco a Mensagem, de Fernando Pessoa, A morte em Veneza, de Thomas Mann e ainda Mãe Coragem, de Brecht. Também gosto muito de toda a obra de Oscar Wilde.
Sinal – Qual o desportista que mais admira atualmente? Porquê?
J. S.- Cristiano Ronaldo, pela sua origem humilde e pela sua perseverança e vontade de vencer e levar o nome de Portugal ao topo do mundo.
Sinal – Se pudesse ser uma árvore qual seria? Porquê?
J. S.- Uma cerejeira, porque poderia comer as minhas próprias cerejas, a minha fruta favorita.
Sinal – Com que figura pública gostaria de passar um fim de tarde? Porquê?
J. S.- Com o Herman José. Tem um talento admirável e único. Além disso, acho que me iria divertir e aprender muito.
Sinal – Sabemos que é um exímio cozinheiro e pasteleiro. Que prato mais gosta de confecionar?
J. S.- Gosto de cozinhar praticamente tudo. Até umas batatas com peixe têm muita importância. Cozinhar é um ato de amor. Por isso todos os pratos são importantes. Mas gosto muito de fazer pratos com mariscos e peixe. Gosto principalmente de inventar/criar novos pratos, novas receitas.
Sinal – Que desafio pessoal aceitaria sem hesitar? Porquê?
J. S.- Se a aposentação pudesse ser considerada um desafio, seria esse mesmo. Não é que não goste, e muito, de estar na sala de aula com os alunos (local onde mais me realizo como profissional), mas a carreira docente já não é o que foi e existe alguma desilusão.
Sinal – Que desafio nunca aceitaria se lhe fosse proposto? Porquê?
J. S.- Ser director duma escola. O que me satisfaz mais é estar na sala de aula com alunos. Gosto muito de tentar fazê-los pensar sobre os assuntos em estudo e sobre a vida. Além disso, também gosto muito de aprender com eles.
Sinal – Desempenha o cargo de Presidente do Conselho Geral. Há quanto tempo? O que o motivou a assumir esse cargo?
J. S.- Estou há nove anos neste cargo. Pensei, como sempre penso, que seria mais um contributo meu para a NOSSA escola.
Sinal - Que balanço faz do seu trabalho enquanto presidente do Conselho Geral?
J. S.- Penso que tenho desempenhado o meu cargo de forma positiva e sempre no sentido de engrandecer a nossa grandiosa instituição. Gosto muito de fazer parte da comunidade Joaquim de Carvalho. Aqui fui aluno e aqui sou professor há muitos anos. Terminar a minha carreira como Presidente do Conselho Geral é uma honra e um orgulho muito grandes.
Sinal- Como se definiria enquanto pessoa?
J. S.- Penso que sou simpático, por vezes muito teimoso, impulsivo, o que, muitas vezes me prejudica, e muito dedicado a causas nobres. Além disso, acho que é bom para os outros que eu faça parte do seu grupo de amigos.
Sinal - Se tivesse de introduzir uma palavra nova no dicionário, qual seria? Porquê?
J.S. - LIBERAMOR, a junção de liberdade com amor. Além das palavras pai e mãe, amor e liberdade são as palavras mais belas do mundo. Se fossem, realmente, sentidas e vividas até à exaustão por todos os seres humanos, o mundo seria o paraíso.
Carlos Jorge, 10ºB
Bernardo Casqueira, 10ºB
Jammy Garcia, 10ºB
João Lopes, 10ºB
Stanislav Kozlovskyi, 10ºB
Tiago Silva, 10ºB
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