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À conversa com.... o Presidente do Conselho Geral











Sinal foi entrevistar o Dr. João José Santos, professor de inglês e alemão e Presidente do Conselho Geral da nossa escola. Aqui fica o resultado da conversa.

Sinal - Pode explicar-nos o que é o Conselho Geral? Quais são as suas funções enquanto presidente do Conselho Geral? Há quantos anos exerce este cargo?
Dr. João Santos - “O Conselho Geral é o “Parlamento da escola”, ou seja, é o órgão deliberativo onde estão oito professores, dois representantes dos alunos, dois representantes da câmara municipal, quatro representantes dos pais e três entidades cooptadas (escolhidas pelo Conselho Geral). 
As funções que Conselho Geral desempenha são: aprovar o regulamento interno, o projeto educativo e o plano de atividades, avaliar os horários e as turmas e decidir sobre a aplicação das sanções disciplinares; aprovar o orçamento e as contas de gerência; tem também o poder eleger, de acordo com candidaturas apresentadas, e demitir o diretor da escola(sempre por causas devidamente justificadas). 
Eu estou no cargo de presidente do Conselho Geral há dez anos e minhas funções são convocar e dirigir as reuniões do conselho assim como assinar documentos importantes.” Além disso represento o Conselho Geral em cerimónias internas ou externas, para as quais somos convidados.

S. - Quais os desafios ou problemas que tem enfrentado ao longo do seu mandato?
J.S. - “De um modo geral, não tem havido grandes desafios ou problemas. O que há, por vezes, são ligeiras discordâncias, mas tudo se tem resolvido a bem da instituição. O mais importante nestes cargos é saber separar a amizade do cargo que exercemos.”

S. - Sabemos que também é professor. Tem sido difícil conciliar as duas funções?
J.S. - Dá um bocado de trabalho, mas à exceção dos concursos de diretores, que exigem mais atenção, tem sido pacífico . Também tenho tido a sorte de ter comigo pessoas que colaboram em tudo o que podem e dão excelentes contributos.

S. - Ao longo do tempo, que mensagem tem tentado transmitir ao grande número de jovens que tem ensinado?
J.S. - Entre as várias mensagens que procuro transmitir, destacaria talvez as seguintes: sejam vocês próprios; sejam humildes¸ mantenham a mente sempre aberta para aprender durante toda vida. Tive uma professora na faculdade que me disse. “nunca dê por adquirido que sabe tudo. Aqui mostramos os caminhos, agora têm de ser vocês a percorrê-los e a escolher qual deles é o melhor para a vossa vida." Estas palavras ficaram sempre na minha mente e acho que, hoje, muitos jovens pensam que já sabem e são capazes de tudo, quando, na realidade, sabemos sempre tão pouco. Contudo, quero, sobretudo, que nunca desistam dos vossos sonhos e ideais. E, por favor, não se esqueçam que a humildade é um bem precioso. Vão sofrer se forem humildes e francos, sinceros, mas vão ser felizes como o “caraças.”

S. - Para si, o que é mais gratificante no exercício de profissão de professor? 
J.S.- É saber que o meu trabalho e o meu “convívio” com os meus alunos lhes proporcionou algo de proveitoso para o seu futuro. É passar por eles na rua e virem falar comigo. É saber que tiveram sucesso pessoal, qualquer que ele seja. É saber que estão muito felizes.

S.- Qual acha ser a sua maior qualidade?
J.S. - Ser humilde, ser lutador, acreditar nos meus ideais e ser extrovertido.

S.- Além de ser professor de inglês e alemão, se pudesse escolher outra profissão qual escolheria?
J.S. - Já tive uma papelaria e adorei. Também gostava de ser cozinheiro em Londres ou em Nova Iorque ou até em Portugal. Além disso, gostava de trabalhar num aeroporto, para me sentir solitário com muita gente à minha volta. Gosto de comunicar e dizer o que sinto, quem gosta, gosta, quem não gosta, paciência.

S.- Se pudesse ter nascido noutra época histórica, qual escolheria? Porquê?
J.S. - Eu gosto muito do final do séc. XIX. Embora fosse uma década decadente na sociedade, gostava de ter conhecido pessoas dessa altura, tipo Fernando Pessoa e escritores alemães de que gosto muito. Gosto dessa altura pela escrita revolucionária e pela inteligência dessa época.

S.- Que mensagem gostaria de deixar aos leitores do Sinal?
J.S. - Quero dizer que a vida é para ser vivida com alegria, com responsabilidade, e, sobretudo, com respeito. Se conseguirmos pôr de parte um certo egoísmo reinante na sociedade, conseguiremos construir um mundo melhor, onde todos têm o seu papel a desempenhar, seja ele qual for. Shakespeare disse que o mundo é um palco e nós somos meros atores, desempenhando o papel que nos foi atribuído, e eu acredito nisso.











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