Sinal- Por que motivo decidiste candidatar-te ao cargo de presidente da AE e o que significa este cargo para ti?
Maria Mexia- Para ser sincera, desde muito pequena gostei da ideia das listas da AE, mesmo quando ainda não sabia bem o que era e só acompanhava o processo pelos meus irmãos ou primos, o que podia ser já um presságio de que iria acabar por fazer parte de alguma forma (Risos). No entanto, a ideia de me candidatar a presidente da Associação de Estudantes surgiu quando ainda fazia parte da direção da antiga AE, quando era, então, vogal da AE Ás, por volta de Novembro/Dezembro de 2022. Claro que ainda era muito cedo e ainda tinha muitas dúvidas sobre se era capaz de presidir a uma AE. Mas fui falando com alguns amigos e família e todos me foram incentivando, até que tive coragem para começar a formar a lista. Este cargo, para mim, é bastante importante. A verdade é que ser a presidente da AE é também ser a voz de todos os alunos. É de extrema responsabilidade representar cada um dos alunos da Joaquim de Carvalho e tentar sempre oferecer-lhes o melhor que conseguir enquanto AE. Fico bastante contente e orgulhosa em saber que os alunos da JC confiaram em nós e que fizemos um bom trabalho durante todo o momento eleitoral.
S.- Qual a origem do nome "Flame"?
M.M. - Foi muito difícil para nós escolher um nome, principalmente porque a cor e o nome são o primeiro impacto da lista sobre os alunos e então queríamos escolher um nome que a representasse bem! "Flame" não foi a primeira opção. O processo de escolha do nome foi demorado. A direção juntou-se e fizemos todos um “brainstorming” numa reunião onde foram dadas várias opções. Primeiramente, pensámos em “Lista Spice” mas alguns membros da direção não estavam muito contentes com o nome. Por isso, deixámos passar algumas semanas para podermos pensar em mais nomes e noutra reunião surgiu o nome “Flame” e todos concordámos que era um bom nome para o projeto. Como queríamos inovar de alguma forma, surgiu a ideia de mudarmos a cor da chama, para a cor de uma chama mais intensa, e daí a nossa chama ser azul! Na minha opinião, foi uma combinação que resultou bastante bem e que representou a intensidade e força de todos os membros da lista “Flame”.
S.- Quais foram os passos que reconheces terem sido determinantes para chegares à vitória?
M.M. - Na minha opinião, um passo essencial para a vitória foi a escolha de uma boa equipa de trabalho. A meu ver, uma boa equipa precisa de pessoas diferentes, com opiniões e perspetivas diferentes e com maneiras de lidar com as situações também diferentes, mas com um propósito final comum que, no nosso caso, era realizar o melhor trabalho possível. Na nossa direção temos pessoas superperfecionistas, organizadas e até stressadas, o que é ótimo porque é sempre preciso alguém assim para relembrar que temos de trabalhar para conseguirmos atingir os nossos objectivos; mas também é ótimo ter pessoas mais descontraídas e divertidas, que nos ajudam a tirar proveito da parte boa que há nas atividades!! Acho que para além de termos trabalhado muito bem em conjunto, também aprendemos todos muito uns com os outros e isso também foi bastante importante.
S.- A vossa equipa teve de lidar com imprevistos ao longo da campanha? E se sim, quais?
M.M.- Todas as listas lidam com vários imprevistos ao longo da campanha. No nosso caso, tivemos o imprevisto das nossas t-shirts terem chegado sem estarem estampadas à frente, e por isso tivemos de as mandar novamente para a gráfica mesmo antes da campanha, o que nos deixou bastante nervosos pois não conseguimos entregar a tempo o que os alunos nos tinham encomendado e não ficamos muito satisfeitos com isso. Claro que tudo se resolveu, mas criar uma lista envolve tratar de muitas coisas e estão muitas emoções envolvidas. Quanto mais próximo da campanha estamos, mais nervosos ficamos e qualquer que seja o problema, por mais pequeno que possa ser, vamos ficar inevitavelmente nervosos. Também há sempre imprevistos que têm a ver com as nossas relações de amizade. Nós também os tivemos e é muito triste, na minha opinião, num momento de stress ter pessoas que sempre se disseram nossas amigas a tentar destabilizar-nos.
S.- Após o debate, contavam ganhar as eleições? Porquê?
M.M. - Reconheço que o debate nos correu muito bem, tal como estávamos à espera, pois trabalhamos para isso e preparamo-nos previamente, mas sempre fui apologista de que não se deve tomar nada por garantido. Por isso, não! Após o debate, não contava ganhar as eleições.
S.- Que dificuldades encontraram na obtenção de patrocínios?
M.M. - Os patrocínios são fundamentais para a criação de uma lista de AE e inicialmente tivemos bastantes dificuldades em angariá-los. Estivemos durante um ano à procura de patrocínios. Ao princípio diziam-nos que ainda era muito cedo, e por isso em julho/agosto voltámos a tentar. Nessa altura, a maior parte dos estabelecimentos ou já não queriam fazer parte deste projeto ou o responsável nunca estava presente, por isso foi mesmo complicado. Agradeço desde já aos nossos patrocinadores pois toda a ajuda que nos deram foi importantíssima para o bom desempenho da nossa campanha. Sempre nos trataram bastante bem e com muito respeito por nós e pelo projeto, incentivando os alunos e jovens a participarem ativamente neste tipo de ações. O mesmo não aconteceu com tantos outros estabelecimentos da Figueira que, quando abordados não nos trataram bem ou sequer deram a devida importância a este projeto.
S.- Quais as medidas que tens a certeza que vão conseguir concretizar ao longo deste ano?
M.M. - O nosso objetivo sempre foi cumprir todos os pontos do nosso plano eleitoral. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para o cumprir, mas peço já desculpa se isso não se concretizar e garanto que não irá ser por falta de trabalho; com certeza que será devido a fatores que nos transcendem. Para já posso garantir que iremos continuar com o SOS feminino. Irá também ser realizado o Sarau cultural, dar-se-á continuidade à rádio escolar bem como à comemoração dos dias temáticos e das semanas temáticas!! Por enquanto estes são as realizações que posso garantir que vão ser levadas a cabo pois são as únicas que já têm data marcada. Claro que já começamos a alinhavar outros projetos como os torneios e o baile do 9.º ano, mas ainda não estão calendarizados.
S.- O que pensas da escola pedagogicamente?
M.M. - Na minha opinião, a Joaquim de Carvalho é uma escola que reflete nos resultados dos alunos o seu bom desempenho a nível pedagógico. Na nossa escola, temos professores de excelência em diversas áreas, dedicados a proporcionar uma educação de alta qualidade aos alunos. Creio que é fundamental promover métodos inovadores e interativos que incentivem a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. É também fundamental uma abordagem pedagógica inclusiva, que respeite diversos estilos de aprendizagem e que promova um ambiente acolhedor para todos, uma vez que somos todos diferentes e todos temos métodos e velocidade de aprendizagem diferentes. Nesse sentido, penso que a JC oferece uma combinação perfeita para uma boa aprendizagem, tendo professores bastante qualificados e utilizando métodos pedagógicos diversificados para oferecer uma experiência educacional enriquecedora para todos os alunos da nossa escola!
S.- Gostaríamos que deixasses uma mensagem à comunidade escolar.
Da esq. para a dir.: Ana Cristina Pereira (coordenadora do clube), Inês Pereira (9.º D), Maria Mexia (Presidente da A.E.), Lívia Milanezi (7.º E) e Heloísa Cordeiro (coordenadora do clube) |
Laura Encarnação, 7.ºE
Lívia Milanezi, 7.ºE
Inês Ferreira, 9ºD
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