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COMEMORAÇÃO DOS 80 ANOS DA LIBERTAÇÃO DE AUSCHWITZ E DO DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

Foi no dia 27 de janeiro, nos espaços do hall e da Biblioteca da Escola, que teve lugar a Exposição concebida para a evocação dos 80 Anos da Libertação do Campo de Concentração de Auschwitz e do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Esta e outras atividades têm vindo a ser levadas a cabo pelo Departamento de Ciências da Sociedade e do Território, no âmbito da disciplina de História, e contam com as parcerias da Biblioteca da Escola (Exposição) e do Museu Municipal, Dr. Santos Rocha (palestras).

A Exposição inclui uma mostra, de espólio privado e da Biblioteca, constituída por obras literárias e filmográficas, objetos e cartazes, malas de cartão e uma entrada de Auschwitz, a que se juntaram as "Estrelas do Holocausto" (recortadas pelos alunos e alunas do 7.º A) criando-se um ambiente de memória e homenagem constituído por velas acesas.

Já as turmas do 9.º ano e 12.º ano F têm vindo a assistir à palestra "O Que Dizem os Papéis" e "Memórias de Aristides", trazida até às suas aulas de História, pela técnica do Museu Municipal, Dr.ª Paula Cardoso, especializada, entre outros, em assuntos relacionados com a presença dos refugiados da 2.ª Guerra Mundial, na Figueira da Foz, e, também, pelo Eng.º Silvério Mendes (bisneto de Aristides de Sousa Mendes, o Cônsul de Bordéus) contando a História humanista e corajosa do diplomata português.
A Drª Paula relata a importância dos "papéis" que ficaram com registos de refugiados judeus, na Casa Havanesa, na Figueira da Foz, por volta de junho de 1940.

Muito interessante é a referência a minúsculos (mas preciosos) retalhos noticiosos, da imprensa figueirense da época, que informavam da chegada ou presença destes hóspedes especiais (que hoje conhecemos como refugiados de guerra), já no dia 25 de junho e seguintes, a mostrar a rapidez com que os portadores de vistos assinados pelo Cônsul Aristides de Sousa Mendes, em Bordéus, a 16, 17 e 18 de junho de 1940, fizeram a viagem desde a cidade francesa até à Figueira da Foz.

Os alunos ficam, também, a conhecer melhor o nosso "justo entre as nações" e o seu ato de salvamento de 30 000 judeus que, graças a um heroísmo corajoso e altruísta, permitiu a estes seres humanos a reunião ou formação de famílias, continuando a viver em numerosos países de destino.

Ficam, finalmente, a saber que pela Figueira da Foz passaram europeus do Norte, ricos e com hábitos urbanos e sofisticados, os quais faziam alguma mossa às mentalidades mais pacatas e provincianas da cidade.

The last but not the least”, os alunos do 9.º ano estiveram interessados e envolvidos nos encantos do passado da sua cidade, e puderam ligar a História Local e Regional à História Universal, compreendendo o papel humanista da sua cidade.

                                                                                                                                                                      P’lo DCST
                                                                                                                                                                      Helena Romão













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